terça-feira, 18 de setembro de 2007

A acompanhante ideal

Sabe aquela que você não vive sem? Que está presente na sua vida desde que você se entende como gente? Que em cada momento te acompanha? Que nos dias tristes te deixa feliz se precisar, ou te deixa mais triste se você quiser? Aquela ou aquelas, dependendo do momento, da situação, da circunstância...

Ela é a única capaz. Capaz de tudo, sem restrições. Muda o particular e o geral. Muda seu humor, seu dia, seu mundo. Ou muda um estado de humor, um dia, um mundo.

Às vezes é calma, tranqüila, serena. Te faz dormir, pensar, refletir. Às vezes é agitada, estridente, enlouquecedora. Te dá ânimo, energia, te faz vibrar!

Muitas vezes parece que só ela te entende. E outras que só você a entende. Sabemos que não foram feitas por nós, mas conseguem ser tão perfeitas, que temos certeza que são nossas. Única e exclusivamente nossas.

São poucos, e esses eu admiro, os que conseguem dominá-la, e às vezes até mudá-la, seja na sua história ou forma.

Eu sou um desses apaixonados e dominados por ela. Mantenho, sempre que possível, a relação mais íntima e intensa. Já a experimentei muito, e de várias formas. Não fui um desses capaz de tê-la ao meu controle, mas fico satisfeito por tudo que ela me proporcionou. E acredito que ainda muito me proporcionará.

Ah! Minha querida e encantadora MÚSICA! Elemento mais que essencial na minha vida. Me traz alegrias, sentimentos, informações, contestações e um incrível conforto e bem estar que apenas aqueles que realmente a amam tem o privilégio de desfrutar.

E assim, com ela sempre ativa em minha vida, penso: “O que seria de mim sem ela? O que seria de nós sem ela?”. E pra finalizar eu lhes pergunto: O que seria do mundo sem a música?

sábado, 18 de agosto de 2007

A complexidade de ser simples

As pessoas, em geral, têm a tendência de dar mais valor à complexidade. Um texto mais cheio de “adornos” é visto como mais bonito, mais erudito. Uma pintura ou desenho mais cheio de detalhes é mais valorizado. Até nos esportes, no futebol por exemplo, um jogador que abusa da habilidade, abusa dos dribles é considerado melhor.

Na minha vida sempre estive oscilando entre a complexidade e a simplicidade no meu modo de pensar e principalmente de agir. Mas não por opção, e sim por necessidade.
Sempre tive a tendência de querer buscar a maior complexidade possível nas coisas que eu fazia, e posso dar exemplos.

A primeira atividade que realmente me dediquei foi o futebol. Pratiquei o esporte com seriedade e regularidade entre meus 7 e 16 anos, e como já disse acima, o jogador valorizado é o mais habilidoso, que dá mais dribles. Em outras palavras, aquele que “enfeita” mais ou faz “firulas”. Assim sendo, eu não era diferente. Porém, só comecei a me destacar como jogador quando, por pedido dos treinadores que tive, me tornei mais objetivo, mais direto, com intenções mais claras.

Outra atividade que me dediquei seriamente foi a tocar bateria. E não diferente do ocorrido no futebol, buscava sempre a complexidade. Inventar “viradas” complicadas, grooves mais “quebrados”, criar músicas difíceis de serem tocadas. Muito disso claro, devido a influências que tive, principalmente das coisas e bateristas que ouvia. .

Nessa época eu tocava em uma banda e quando fomos para o estúdio gravar o CD, mais uma vez fui obrigado a abrir mão das minhas “complicações”. A primeira coisa que o nosso produtor fez foi pedir para simplificar as baterias das músicas. E assim o fiz. As músicas ficaram menos emboladas, mais coesas e sonoramente mais audíveis. Mais uma vez a complexidade não me dava o resultado esperado.

Agora, no atual momento da minha vida, me deparo com a necessidade de fazer o simples novamente.

Desde uns 14 ou 15 anos escrevo. Escrevo textos, músicas, poemas, poesias. Nada com muita técnica ou comprometimento para falar a verdade, mas desde essa época sempre escrevi. O que me dava mais gosto no ato de escrever era ser complexo. Nunca escrevia aquilo que realmente queria dizer, deixava sempre mensagens subentendidas, usava palavras e construções difíceis. Enfim, me preocupava com o lado mais poético do que prático da arte de escrever.

Hoje em dia, na faculdade de jornalismo, a primeira grande exigência passada aos alunos é: “escrever de forma simples”. Ser claro, objetivo e direto é fundamental. Saber apurar aquilo que realmente faz a diferença e transmitir isso da forma mais simples possível é obrigação. E digo que é ai que está à magia da coisa.

Quem disse que fazer o simples é fácil? Não é. Não foi quando jogava futebol, e nem quando gravei em estúdio. A única diferença é que por já ter passado por isso antes, não me frustro. Muito pelo contrário começo a admirar e a entender a complexidade que existe em se fazer o simples.

Quantas vezes não nos perguntamos “porque tudo não poderia ser mais simples?”. E eu respondo: “Porque fazer o simples é complicado”.

Por isso jogadores como o francês Zinedine Zidane, ou o brasileiro Kaká são considerados craques. São eficientes pois jogam de forma simples. Não é a toa que um dos meus bateristas preferidos é o simples, claro e preciso Chad Smith.

Fazer com que te entendam sempre, sem deixar dúvidas é qualidade de poucos. Qualidade esta que pretendo despertar em mim.

E agora, depois de tanto querer complicar, me despeço da forma mais simples, clara e direta possível, com um “tchau!”. Simples assim.

quarta-feira, 15 de agosto de 2007

O começo, do começo do começo

Tudo tem um começo, um por que, uma finalidade. Logo, este simples blog também tem seu início, assim como um motivo de existência e uma proposta.

Partindo de uma perspectiva egocêntrica, diria que esse blog tem função de desabafo, de exposição de pesamentos, sem muito se importar com conteúdo, forma ou público. Já se for observar pelo lado profissional, este blog terá a função de experimentação e treinamento, afinal um futuro jornalista tem que estar sempre exercendo a escrita, usando o que aprende. Agora, se o olhar for otimista e pretencioso, diria que espero com esse blog influenciar pessoas e pensamentos.

Como todas as perspectivas acima citadas são minhas, acredito então, que este blog possa ter contido em si todas estas opções e ainda muitas outras que fazem parte do que sou e do mundo em que vivo.

Eu, que na verdade sou um nada comparado a tudo que existe e já existiu no universo. Mas as vezes o nada pode significar muita coisa...